domingo, 13 de outubro de 2013

Domingueiras...



Era moleque. E aquela música de fim de domingo, fosse a vinheta dos "Trapalhões", do "Fantástico", do "Silvio Santos" ou o vt do jogo da tarde com o Peirão de Castro ou o Fernando Solera na TV Gazeta, me deixava macambúzio.

Talvez, mesmo, algo na transição entre o final de semana e a segunda me chateie.

Ou seja só inspiração para escrever cousas...

Tomara.

Saiu este aí abaixo...

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Queria, ontem.


Hoje, não sei. E não sei se é por causa do tempero, da minha aversão ao que foi, da minha maldita ansiedade. Só sei que não. Mas ontem... queria.


Tremas deveriam voltar, acho. Eram charmosas. E a gente sabia que tinha que mexer com a língua. Portuguesa. Mas a regra da trema, e a da crase, nunca soube completa. Mas a dica, no caso da crase, é sempre colocar no masculino: ao, craseia. Mas a regra, nunca soube.


O fato mais complexo deste mundo é o porque tantas coisas ao mesmo tempo. Se a gente não dá conta de uma. Talvez ler um livro e ouvir música. Mas só talvez. Porque trabalhar e pagar conta, essa conta quase nunca fecha. É aí que domingo.


Queria, muito ontem. Hoje já não sei. Talvez seja a fórmula que encontrei para desgostar das coisas. Algo para quem por culpa. Quando a responsabilidade fica muito pesada, na verdade, quando os fatos ficam muitíssimo previsíveis. Em sua chatice, amanhã tenho que acordar cedo.


Sempre me lembro de comprar aquele perfume de vaso sanitário tarde demais. Aquele cheiro de xixi é que me rememora. Poderia ser diferente, se levasse lista para o supermercado. Mas não levo, insisto. Nas gôndolas, nas guloseimas gordas. Nos preços que não leio. Na conta que não fecha. E mesmo assim reclamo de tudo, conta, salário, mês, acordar cedo, domingo, televisão aberta, triglicérides. Podia era beber menos, talvez.


Mas o fato incontroverso, a única verdade verdadeira, é que ontem... eu queria. Nem sei mais o quê, também é verdade. Incontroversa. Desta alma que não pára de negar o acordo ortográfico. Talvez devesse mesmo era queimar gravata em praça pública, andar descalço na praia, quebrar umas vitrines de banco, foder num juros altos. Mas ainda assim, pouco me recordo, mas lembro: Ontem, eu queria muito.

13. outubro.

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