quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Dessas pelejas que não se pode escapar...

Aos leitores desta mercearia, essencialmente de contos, crônicas e poemas, um pouco mais de paciência. É que é preciso zelar por outras cousas...

Sim, é outro texto sobre política. É outra face deste balcão.

Sempre papeamos causos, histórias e.... opiniões.



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Em Brasília, dezenove horas...


Vou aqui panfletar mais um voto nestas eleições de 2010. E este pedido decorre da tarefa que considero mais importante neste processo eleitoral, talvez a mais difícil, mas essencialmente necessária: Eleger Ivan Valente, deputado federal por São Paulo.


Sim, é verdade. Por vezes, política torra o saco. Também é verdade, talvez uma grande verdade, que política não se esgota nos processos eleitorais. Aliás, as eleições tem sido cada vez mais despolitizadas, descaracterizadas e “cosmetizadas”. Mas é inegável que no processo eleitoral todos de alguma forma param para pensar um pouco sobre política. Sou daqueles que considera que devemos aproveitar esta possibilidade, com carinho.


Nossas ações são políticas. A opção pelo “bom dia” ao primeiro vizinho é uma decisão política. Compreender esta face cotidiana da política nos ajuda a compreender a importância do momento eleitoral. Contribui para que não nos esqueçamos do essencial. Daquilo que realmente deveria valer a luta.


Nestas eleições creio que há uma tarefa que não podemos fugir. Num processo tão marcado pela ausência do debate sobre a política, onde o raso é o mais fundo que se pode chegar, precisamos reconhecer que no Parlamento necessitamos de gente comprometida em discutir espinhos, em tratar da discordância, em lembrar do “bom dia”.


O Parlamento é o local onde as diversas idéias da sociedade são expostas. É o espaço de conflito onde o dissidente é fundamental. Alguém que tenha a dura missão de apontar feridas e que lute por aquilo que considera justo ou correto.


Dependerá de nosso voto, e sobretudo de nossa ação política, não deixar que o próximo Parlamento seja mais conservador que este que passou. Numa lógica onde o que prevalece é a “governabilidade”, mais do que nunca temos que levar ao Congresso Nacional vozes que cantem o dissenso e que não se acomodem com o discurso do possível. O Parlamento é antes de tudo, debate.


Por estas razões, a tarefa de reeleger o deputado federal Ivan Valente é fundamental. Trata-se de um mandato necessário.


A atuação de Ivan Valente na Comissão que discutiu as alterações previstas para o Código Florestal, denunciando propostas de mudanças na legislação que somente atendem aos interesses do agronegócio e que relativizam o conceito de “desmatamento” para atender tais interesses, demonstra a importância de ter alguém que diga “NÃO” e que lute.


O mandato de Ivan Valente é abrigo para lutas muito caras para todos nós que ainda sonhamos. É a certeza de que temas como a reforma agrária, a democratização dos meios de comunicação, a dívida pública e os investimentos do setor público, a luta contra o preconceito de classe social, raça, credo e orientação sexual, a educação pública de qualidade para formar gente e não para formar peças de engrenagem e a saúde pública e universal não ficarão de fora da pauta de discussões do Parlamento.


Ivan Valente é candidato a deputado federal pelo PSOL. Para se eleger um deputado, o partido precisa atingir ao “coeficiente eleitoral” que deve ser de mais de trezentos mil votos, somados os votos nominais e os votos de legenda. É muito voto. É muita luta, portanto.


Mas esta luta vale a pena. Perder um mandato tão necessário é perder um pouco de nós mesmos. É deixar de dizer “bom dia” com o argumento de que ninguém mais nos escuta. Que nos ouçam, então.


Fernando Amaral.
10. setembro.
O Ivan, na interntet: http://www.ivanvalente.com.br
No tuíter: @dep_ivanvalente (http://www.twitter.com/dep_ivanvalente)

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