Outra, dos "Amores Pardieiros".
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Notei
que gosto.
Gosto
da dobra, do riso, do vexame. Do pé, inchado do calor. Ou sujo, do
chão descalço.
Do
buço, sim, do bigode molhado com suores quando tá calor, ou depois
do sexo, ou de espanto.
Dos
olhos levemente estrábicos. Assim como os bicos dos peitos, sempre
perseguindo algo, como a querer descobrir novos caminhos.
Gosto
dos pelos nas pernas, nas axilas, no sexo. Nada me desgosta, do
rebolado quando cansada, do deitar de cansado, da roupa amassada
depois de um dia daqueles. Mas gosto mais sem roupas, sempre. Ainda
mais nesse calor desumano.
Das
falhas nas unhas, também quando me arranham. Do cabelo despenteado,
da coxa suada. Da sede, ou melhor... da volúpia da sede.
Vestido,
vestidinho. Mesmo sabendo que é um maldito shortinho – para
proteger coxa e tudo - e não aquela calcinha puída, cor de pele.
Gostos dos peitos saltando no fim do dia querendo burlar a regra do
sutiã. Mas gosto, estranhamente, das alças.
Ah...
gosto de beijo com doce. De mordida na nuca. De ver arrepio. De ver,
note, de ver. Ouriçada: pelos, vulva, poros, olhos, nariz.
Bom...
melhor parar por aqui. Do contrário a conversa descamba. Adoro
quando descamba.
Um comentário:
ah, quando se gosta é assim mesmo.
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