Aqui na Quitanda também tem guia de viagem...
Como estou de saída para o Guarujá, sede de recreio da mercearia, recuperei uma missiva para dois grandes amigos, o Doutor Marcello Fraga e a Enfermeira Chefe e Única Responsável Renata Bortoleto.
Fiz umas adaptções no texto original...
Mas o "guia" segue aí.
Espero que possa um dia ser útil...
_________________________
Desejo,
com o coração pleno, que façam boa estada na “Pérola do
Atlântico”, alcunha simpática da Ilha de Santo Amaro,
popularmente conhecida por seu nome oficial: Guarujá.
Parte
I – Localização e Dicas Específicas sobre como chegar.
Como
chegar: Ao fim da rodovia Piaçaguera (nome oficial Rodovia
Cônego Domenico Rangoni) chega-se a um semáforo. Entrem a esquerda
(Av. Santos Dumont) Nesta avenida sigam reto, em direção a
Praia das Pitangueiras (Centro). Passarão por debaixo de um viaduto
(e a Avenida passa-se a se chamar Puglisi). Sigam em frente.
Passando uma enorme agência do banco laranjão, a direita,
atenção. Entrem a direita na Avenida Leomil (como
referência, na esquina da Leomil com a Puglisi há uma “Maria
Fumaça”, um velho trem enclausurado para exposição). Na Leomil,
em frente toda a vida. Esta avenida tem um canal que separa as
pistas. Sigam até o fim da Avenida e avistarão a praia das
Pitangueiras, uma das mais belas praias urbanas deste território
guarani. Ao fim da Leomil, entrem a direita, sentido Praia das
Astúrias.
Neste
trecho subam o morro (notem ao lado esquerdo, na pista contrária, o
Edifício “Sobre as Ondas”, marco da arquitetura modernista).
Seguindo reto e contornando o morro vocês vão cair na Avenida
General Rondon (logo no começo dela, ao lado direito encontrarão
um colégio Objetivo). Esta avenida tem o restaurante “La Plage”,
que vende desde feijoada de frutos do mar até pizzas, passando por
filés a cavalo e banana flambada, o que denota que quem sabe tudo
pouco sabe – com exceção do Doutor Marcelo, óbvio.).
Nesta
avenida sigam em frente, sentido Praia do Tombo. Passarão pela
padaria “La Plage” (Sim, a La Plage domina tudo ali – o café
lá é razoável e o pão francês só sobrevive cinco minutos depois
de sair do forno, depois vira borracha).
...
Chegando...
Parte
II – Notas sobre o Bangalô e dicas de utilização
O
lar dos Amaral fica na praia das Astúrias. Uma sala ampla - com ventilador de teto e uma mesa
para refeições de respeito, um banheiro amplo – com espaço para
as mais diversas práticas esportivas, uma cozinha simpática e
equipada, área de serviço e um quarto bem amplo equipado com
maravilhoso ventilador de teto e um possante ventilador velho de
guerra. São estas as acomodações do pequeno chatô.
Evidentemente,
por ser um enclave do território Amaraleano, há muitos gibis do
“Fantasma” para leitura. Mas o equipamento de som não é lá
essas coisas, só dá para ouvir os jogos de futebol e as estações
locais de rádio. A televisão é pequena e a imagem, uma bosta. Mas
férias não são destinadas para assistirmos novelas, correto?
Na
cozinha, infelizmente, uma porta despencou no armário que guarda
pratos, copos e outras cousitas e ainda não foi feito o devido
reparo. Mas no mais tudo funciona a contento, inclusive o micro-ondas
(não sei se esta grafia está correta seguindo as novas orientações
do vernáculo pátrio). O fogão é a gás e se o gás faltar, o
nobre e elegante zelador do Edifício dispõe de
reserva ou do telefone do serviço de entregas a domicílio deste
importante item.
Não
se assustem se na cozinha encontrarem a especiaria conhecida como
“cravo da índia” espalhada pelos cantos. Segundo a crença
da matriarca da família Amaral, o cravo afasta as formigas. Notem
que não encontrarão formigas no recinto, o que deve ser uma prova
quase científica de que Dona Maria Helena tem algum conhecimento na
área de prevenção.
Na
área de serviço há uma pequena, mas resistente e com serviços
prestados que merecem láureas diversas, máquina de lavar roupa. Na
emergência, mandem ver. Há cadeiras e guarda-sol, também.
As
tomadas 220V estão assinaladas pela casa. Se minha memória não
estiver equivocada somente duas tomadas tem esta voltagem: a da
cozinha, sobre a pia, e a tomada alta localizada no quarto. Os
aparelhos eletrônicos destinados a afastar os insetos podem ser
utilizados nas duas voltagens. Não me lembro se há refis
disponíveis, entretanto, para os mesmos (os aparelhos, se não
entenderem a frase mal escrita).
A
cama de casal tem um irritante colchão ortopédico, que matriarca e
patriarca consideravam o ideal para as férias. É duro para caralho
(como um caralho, se preferirem esta expressão). Não se acanhem,
portanto, em utilizar os colchões para amenizar o impacto. Ou
enfrentem o descanso na tábua, que mal não fará.
Parte
III – Dicas sobre a Pérola do Atlântico
A
cidade tem boa estrutura.
As
praias mais próximas, a pé, são as Astúrias e a do Tombo.
A
das Astúrias, que vocês chegam pelo calçadão que fica em frente a
padaria La Plage, tem mais prédios e tem boa estrutura. É fácil encontrar
barracas que emprestam cadeiras e guarda sol para os banhistas. Gosto
de ficar na barraca do “Negão”. Mas outras também tem o mesmo
serviço. A caipirinha é de limão, não inventem moda, por favor. E tem pastel, que pouca fritura não leva ninguém ao céu.
A
do Tombo é mais bonita. Apesar do mar mais brabo e de ser uma praia
de tombo (levem as pranchas, a praia é muito freqüentada por
surfistas e pelas namoradas e namorados dos surfistas), a praia é muito
simpática. Há bons quiosques por lá. E há um bistrô irregular no
prédio de um hotel – irregular porque as vezes acerta bem e as
vezes erra... – que vale a visita.
Para
frente da Praia do Tombo, indo de carro, há a praia do Guaiúba. É
bonita e tem ótimos quiosques (peixes bem feitos e bem servidos,
cervejas estúpidas de gelada). É uma praia “fechada” – o
carro vocês estacionam na avenida que dá acesso a praia. Vale
conhecer, mesmo.
A
praia das Pitangueiras é a praia central. Dá para ir a pé das
Astúrias, inclusive indo pela areia, sem subir o “morro”. É
bonita e tem ótima estrutura, tanto de barracas como de restaurantes
a beira mar.
Para
frente, seguindo das Pitangueiras, tem a famosa praia da Enseada
(praia grande, com casarões. Tem
bons quiosques.
Depois,
tudo de carro, há as praias de Pernambuco (para muitos a mais bonita
da Pérola, com casarões diversos (astros de "Caras"
incluídos), Iporanga e outras. Se tiverem tempo e disposição, são
praias “elegantes”.
O
Guarujá não tem “choperias” como a mítica “Heinz” de
Santos. Há, sim, bons restaurantes.
Entretanto, um
dos chopes mais bem tirados do planeta Terra, gelado e impecavelmente colarinhado, é no Chope Halle (na avenida da Praia de
Pitangueiras – Av. Marechal Deodoro da Fonseca 1520). Tem bons
pratos alemães!!! Dá para ser feliz, sem receios.
Um
puta restaurante, de babar, é o Joca´s. Fica na estrada para
Bertioga, km 12. (que se chega indo pela praia da Enseada,
Pernambuco, Perequê (nesta praia, de pescador, tem bons restaurantes
para frutos do mar e pescados em geral). O Restaurante do Joca
é de phoder a biela. A porção de marisco “lambe-lambe”, para
começar, e cerveja gelada. Há vinhos no cardápio. O problema? É
caro. E relativamente distante. E não dá para não ir de carro... o táxi é salgado... alguém vai ter que não beber... enfim... dramas.
No
centro, há no final da Rua Rio de Janeiro, diversos restaurantes.
Nenhum de arrebentar, mas todos razoáveis. Também no centro o
“Limontino” que fica numa rua que sai da avenida da praia,
próxima do Rilocenter Pitangueiras (lojinhas) pode ser boa opção
para “romance” – tem música ao vivo a partir de quarta ou
quinta feira). Na rua do Limontino há uma padaria bem melhor que a
La Plage...
Havia
uma filial do Dalmo (de Bertioga) na rua da praia da Enseada. Quando
fui, século passado, era muito bom.
Como
sei que o casal gosta da arte do cozinhar bem, algumas indicações:
Nas proximidades do prédio, indo para o Tombo, há um mercadinho que
tem produtos melhores do que os vendidos na padaria La Plage. Nada de
excepcional, mas para encontrar horti fruti, frutas, temperos, pode
ser uma opção.
No
centro há um super mercado, no último trecho da Av.
Puglisi antes da praia, que costuma ter produtos frescos e de boa
qualidade.
Há
um hiper mercado que tem boa variedade de produtos, embora caótico, (fica na Av.
Dom Pedro – aliás, na Avenida Dom Pedro tem o “Alcide´s”,
um baita restaurante de pescados – O Javali Ussit adora.)
Na
Praia das Astúrias, no sentido contrário ao da Praia das
Pitangueiras, onde há barquinhos de pescador ancorados, vocês
estarão no caminho de uma boa peixaria: Saindo da praia –
perguntem por lá, não vou conseguir explicar direito – no sentido
do morro que separa Astúrias do Tombo. Sempre saíram de lá boas
espécimes marinhas para o consumo na história dos Amaral.
Se
tiverem de saco cheio do Guarujá, não se afobem. Na avenidona do
canal, próxima do prédio, descendo no sentido contrário ao da
Praia das Astúrias, vocês vão chegar numa outra avenidona (estrada
qualquer coisa). Entrando a direita e sempre reto – bom trecho -
vocês vão chegar na avenida que dá acesso ao “ferry boat” (a
famosa balsa) que funciona 24 hs. Se paga na volta de Santos... E
durante a semana não são comuns as filas nem para ir, nem para
voltar.
O
endereço do Heinz, mítico, templo, salvação da alma, é Rua Lincon Feliciano 104, Boqueirão (as
melhores referências são os canais 4 e 5 e a avenida Washinton
Luís). Se tiverem de saco cheio de dirigir, combinem com um táxi –
preço fechado – ... já fiz isso (em tempos de antanho) e valeu a
pena. A porção de canapé de alicce é de arrebentar corações.
Bom
passeio, meus queridos.
Que
quando voltarem, voltem renovados de espírito e com amor no coração
e demais partes do corpo.
Beijos,
Amaral.